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Natal SAPO Moçambique


Quinta-feira, 26.11.09

Os três Reis Magos

A 6 de Janeiro celebra-se a adoração dos Três Reis Magos, Gaspar, Baltazar e Melchior que, guiados por uma estrela brilhante, levaram os seus presentes ao Menino que acabava de nascer.

A origem da Comemoração do Dia de Reis leva-nos há muito tempo atrás.

 Segundo a primitiva liturgia, no dia 6 de Janeiro celebrava-se a comemoração do Natal, da Epifania ou manifestação de Deus, o Baptismo de Jesus e o milagre das Bodas de Canaã.

Só a partir do séc. V é que a adoração dos Reis Magos começou a ser celebrada no Ocidente. Foi também nessa altura que se decidiu separar a Epifania do Natal, que passou para o dia 25 de Dezembro.

Inicialmente, os Reis Magos eram representados quase sempre por dois, quatro ou seis personagens e unicamente como magos. O número três só ficou estabelecido a partir do séc. IV.

Os nomes pelos quais hoje são conhecidos surgiram apenas um século depois e até o século VI não se encontram registos do título de reis.

No séc. XVI foi introduzido o traço racial, aparecendo pela primeira vez um Baltazar preto.

Os três reis foram identificados como Sem, Cam e Jafé, os três filhos de Noé, que segundo o Antigo Testamento, representavam as três raças que povoavam o mundo.

Desta forma, Melchior, o ancião de cabelos brancos, simboliza os herdeiros de Jafé, os europeus que oferecem ao Menino Jesus um presente de ouro que testemunha a sua realeza.

O louro e jovem Gaspar representa os semitas da Ásia, cujo bem mais apreciado é o incenso, símbolo da sua divindade, e Baltazar, negro e com barba, identifica-se com os filhos de Cam, os africanos, que entregam a mirra, em alusão à paixão e ressurreição.

A Bíblia relata como uma estrela guiou os três Reis Magos desde o Oriente e indicou o lugar onde se encontrava o Menino Jesus ao deter-se sobre o presépio.

Muitas são as teorias que tentam explicar este milagre.

Entre elas, está a de que se tratava do brilhante planeta Vénus, da passagem dos cometas Halley ou Hale-Bopp, de uma supernova, uma ocultação da Lua...

Uma das hipóteses mais aceites foi a proposta por Johannes Kleper em 1606.

Segundo este astrónomo, tratar-se-ia de uma rara tripla conjugação da Terra com os planetas Júpiter e Saturno, passando o Sol nesse momento por Peixes.

Esta conjugação apresenta-se aos olhos do observador terrestre como uma só estrela muito brilhante.
Outra hipótese mais recente é a de que se tratava de uma nova estrela brilhante observada próxima da estrela Theta Aquilae.
A estrela de Belém é relembrada situando-a tanto na representação do presépio como na ponta da árvore de Natal.

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