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Ingredientes:
Cabrito: 1
Margarina: 125 gr
Toucinho: 100 gr
Cebola: 4
Alho: 4 dentes
Louro: 2 folhas
Salsa: 1 ramo
Vinho branco: 2,5 dl
Colorau: 1 colher de chá
Batatas: 500 gr
Sal: q.b.
Pimenta: q.b.
Preparação:
Picam-se duas cebolas, os alhos e o toucinho, juntam-se 50 gr de margarina, o colorau, um decilitro de vinho branco e tempera-se com sal grosso e pimenta.
Arranja-se o cabrito (médio) e barra-se com a mistura que se fez. Forra-se uma assadeira com as restantes cebolas cortadas em rodelas, e sobre elas coloca-se o cabrito, o ramo da salsa e o louro. Fica a repousar assim durante 24 horas em local fresco.
No dia seguinte rega-se o cabrito com o restante vinho, dispõem-se à volta as batatas cortadas em quartos e tempera-se com sal e pimenta. Espalha-se o resto da margarina cortada aos bocados sobre o cabrito e as batatas. Vai a assar no forno, regando de vez em quando com o molho que se vai formando.
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Oficialmente designado 'Dia da Família', o Natal em Moçambique é uma data de encontro familiar, geralmente em torno de um almoço melhorado, com muita galinha e cerveja.
A prática coincide com o pico do verão e o Natal é muitas vezes passado na praia, ou em mangas de camisa e em calções, com uma informalidade muito própria do país.
O "toque" tradicional dão-nos os vendedores ambulantes, no centro das cidades, que aproveitam para cobrir a cabeça com um barrete de Pai Natal e pedir "mais uns trocos" porque é tempo de boas festas.
Aliás, a comemoração do Natal não impede a prática do comércio informal, um sector que emprega mais de metade da população economicamente activa, quer nos centros urbanos, quer nas zonas periféricas do país, porque a pequena banca é sempre útil para a compra de mais cerveja que nunca chega na festa.
Mais comedidas que os vendedores de rua, as lojas, maioritariamente pertencentes a comerciantes muçulmanos, entram por fim no espírito natalício, engalanando as montras com a árvore e o Pai Natal e os dizeres típicos da época:" "Feliz Natal e Próspero Novo Ano".
Mas o Natal, como de resto toda a quadra festiva, é aproveitado também para a compra de roupa nova, sobretudo aos filhos, e a capulana para as esposas e mães, o símbolo da mulher africana, que quase sempre usa sentada no chão, no raro momento em que se reúnem amigos e familiares vindos de longe, maioritariamente da África do Sul.
Normalmente, a festa paralisa todas as actividades públicas e privadas, por ser feriado oficial, decretado pelo Governo, num país marcadamente católico, mas com forte influência islâmica, especialmente na região norte.
Natal das Igrejas
Para os católicos moçambicanos mais devotos, não há Natal sem a ida à missa do Galo, não passando por isso despercebidas as romarias em família para as paróquias espalhadas um pouco por todo o lado.
A igreja Jekenisheni (cristãos tradicionais africanos), que realiza cultos debaixo das árvores, reúne todas as congregações num local aberto, acende fogueiras e ao redor prega o evangelho, e os devotos cantam e dançam ao som de enormes tambores, até ao amanhecer.
Na manhã seguinte, vestidos a rigor, batas vermelhas e descalços, confecionam alimentos e distribuem-nos entre os membros da igreja presentes, além de realizarem baptismos e casamentos entre os membros da seita.
"Mas o foco da celebração do natal incide na troca de presentes entre os membros, ou seja, cada um trás oferta, pode ser gado bovino, caprino, dinheiro, cereais, jóia, roupa, qualquer coisa, e oferece ao seu admirador secreto, para desejar mais sorte no ano seguinte", disse à Lusa, Noboss Chirassikwa, pastor da igreja, bata vermelha e machadinho vermelho de madeira, símbolo de grandeza na seita.
Os homens conservam a barba, símbolo de poder na igreja.
Depois da celebração, os membros separam-se e só voltam a reunir-se em conferência de Páscoa, a 17 de julho de cada ano, quando preparam o pão (trigo sem fermento) e vinho (geralmente de morango) como símbolo do corpo de Cristo.
Para celebrar o Natal, os membros da igreja Ruponesso Rwa Jehova, caraterizada por vestes brancas com faixas verdes, reúnem-se em lugar aberto, realizam missa em templos, para pregar evangelho e profetizar, enquanto dançam e saltam sobre uma "fogueira mística".
"Juntamos os membros para celebrar o Natal, confeccionamos alimentos e comemos em bacias e em grupos separados (de homens, mulheres). Pregamos o evangelho e profetizamos para curar os enfermos, para que possam entrar noutro ano felizes", conta à Lusa Eduardo Cimente, líder da igreja, carregando uma bengala, para expulsar a maldição, e bíblia na mão.
Em Moçambique, se por um lado o Dia da Família pretende reunir os parentes para desfrutarem de um momento de alegria e paz, por outro, o saldo desta festa tem sido trágica: mortes por acidentes e assassínios, associados ao excessivo consumo de álcool, apesar dos apelos das autoridades policiais para comportamentos prudentes.
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